monólogo do peito meu.

Lua nua e crua,


Noite calma e fria,

Saudades do tempo,

Saudades do futuro,

Saudades das tardes em que a praia parecia ficar no mesmo lugar,

Sonhos secretos em bosques vazios,

Jardins sem samambaias valsando no vento forte que é o prenuncio da chuva.

Ai como meu peito não se conforma com as coisas que eu penso tanta dor.

Escolhas erradas, em vez de alegria, tristezas, mágoas

Não dói assim peito meu, não dói, vive tua alegria voltada no agora. Olha pra lua peito meu, sente seu brilho resplandecer minha carne branca, vaga no calor da vida, no calor da morada aconchegante de meu amado, se debruça nesses braços morenos e respira o amor, esquece peito meu tudo que te faz mal, chega de saudades que fazem chorar, tenha saudades que te tragam alegria, que te faça sorrir bem sutilmente em cada memória, os bosques estão cheios de samambaias bailarinas, bailando sem fim no prenuncio da chuva, o futuro está logo ali, veja o futuro é hoje, é agora, irradia tua sorte, irradia tu luz peito meu.

Lua linda e parda,

Noite calma e morna,

Vivendo meu tempo,

Sentindo o futuro,

Lembranças das tardes em que eu sorria pro mar,

Sonhos secretos em bosques povoados de fadas.

Ai como meu peito se anima com as coisas que vejo, com o milagre da vida em cada lugar.

Escolhas erradas que me ensinaram a chorar e voltar a sorrir com mais força.