O beijo doce


Uma manhã de janeiro me trouxe ilusões ensaiadas
Logo, logo, após o jantar, elas, em desilusões se transformaram
Peripécias da vida, tão cínica.
Numa tarde fria de janeiro, tomei leite na flor de tulipa do quintal
Sabor tóxico, levemente adocicado de dor
Ao meio dia, apaguei todas as luzes da casa
Novamente ia morrer a morte da vida.
Numa noite fria de janeiro, andei pelo corredor comprido da casa
Cai no buraco fundo do esquecimento
Minhas lágrimas ainda têm o sabor do amargor.
Numa manhãzinha fria de janeiro, avistei um beija flor
Que com amor me beijou, beijando com a doçura de seu bico
Me disse que as aparências são falsas
O descontrole essencial.
E eu, chorei.
KARLA CHRISTINE ANDRADE CHARONE

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