Alexa, toca Legião!
Hoje, depois de muito tempo coloquei a Alexa pra tocar
Legião Urbana, já começou tocando "musica urbana" logo depois engatou
no "faroeste caboclo", meu pensamento viajou pra lá pra para os anos
90, eu tinha 13 para 14 anos, era uma rebeldezinha de nariz arrebitado, achava que
tudo e todos estavam contra mim e querendo me tirar a liberdade a todo custo,
eu só queria errar o caminho da escola e ir parar em uma praça pra tomar vinhos
de procedências duvidosas e aprender a tragar o cigarros mentolados, tudo isso
me sentindo a verdadeira adolescente rebelde dos filmes estadunidenses, eu não
era a única. Todos ali pela praça estavam sendo personagens rebeldes de seus
filmes. A gente só queria ser livre, não dizer pra onde íamos, fumar cigarros
mentolados, cinzas, lights e vermelhos, ingerir todo tipo de substância
alcoólica comprado em conveniências da cidade.
Éramos rebeldes, queríamos mudar o mundo, mundo quadrado, careta! Víamos o futuro como na música do Lulu Santos, a gente só queria acreditar no amor numa boa, ler Nietsche, falar sobre bandas de rock, escrever poesias, se apaixonar a cada semana, namorar, ficar, sofrer por amores platônicos, escrever cartas de amor, de ódio.
O que aconteceu com a gente?
o tempo passou e nos mostrou que nem tudo era tão simples assim, a liberdade tinha um preço e que nem sempre podíamos pagar, o amor era mais do que uma palavra escrita em um papel, as poesias não bastavam para expressar o que sentíamos, bandas de rock se separavam ou se vendiam, Nietsche era mais complexo do que pensávamos e muito misógino, os cigarros faziam/fazem mal à saúde e que os vinhos nos davam/dão ressaca.
Será que o amor ainda existe e que vale a pena lutar por ele? As poesias ainda nos inspiram e as bandas de rock ainda nos emocionam?
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